Raquel Delvaje

domingo, 9 de outubro de 2011

Papo de Fruta



Raquel Delvaje


- Mãe! Tem banana que chama laranja?!
Perguntou cheia de curiosidade
A doce menina de pouca idade
Tão linda com seu cabelo de franja.

A mãe respondeu com ar brincalhão:
- Tem abacaxi com nome de manga...
Abacate com nome de mamão...
Melancia com nome de pitanga...

Com muita atenção ouvia a menina...
- E tem uva com nome de limão...
Amora com nome de tangerina...
Maracujá com nome de melão...

- Fala sério!! A pequena explodiu!
- Maracujá com nome de melão??!!
Abacate com nome de mamão??!!
Como pode isso? Onde já se viu??!!

Num ímpeto a mãezinha corrigiu
- Laranja com nome de pêra tem!...
Banana com nome de maçã também!...
E a menina aliviada sorriu:

- Ah! Sabia que tinha essa fruta,
Sabia que não estava biruta...
A mãe aproveitando completou:
- Quando compro banana na quitanda,
Me perguntam “banana maçã, tia?
E logo respondo: Não! Só banana...
Pois a maçã eu comprei outro dia...

- Vou levar dessa laranja um pouco
- Laranja pêra? Pergunta seu Leo
- Não! Só a laranja... Você tá pinel?
Essa pêra está cara pra “dedeo”

E fechou a cara bastante brava
A menina de franja, que sério falava...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Papo de reflexão


Por que será que achamos que se comprarmos aquela bicicleta ergométrica vamos nos matar de tanto exercitar? Aí compramos, e a matamos de tanto guardar. Não, mas vejam bem, se for a esteira muda tudo. Compramos, e lá está a pobrezinha servindo de cabide. Passamos tempo imaginando que aquela centrífuga de sucos vai nos fazer beber sucos todos o dias, ledo engano, os primeiros dias funcionam , depois, armário nela. Depois vem a boleira, a pipoqueira, a máquina de pães, etc, . Não percebemos que se não fazemos aquelas atividades, não será um aparelho que nos mudará o hábito. Mas uma coisa é certa, se você já faz bolos, um aparelho de última geração poderá lhe beneficiar, caso contrário, será mais um produto nas prateleiras dos armários e menos dinheiro no bolso. E assim segue a vida, achando que tais produtos nos darão a vitalidade e a felicidade que precisamos. E vamos nos entulhando de objetos, e os fabricantes enriquecendo e nós, cada vez mais, sentindo necessidades de novos produtos para nossa vil realização. E não fica só nos produtos não. Já condicionamos nossos pensamentos a achar que se for de outras formas, aí sim, seremos felizes. Por exemplo, aqueles seios turbinados me darão a felicidade que me falta. Quando eu emagrecer aí sim serei linda e bem sucedida. Sem analisar que tem magras se suicidando! Se eu me casar alcançarei a alegria dos mortais... E por aí vamos, sempre criando metas para a felicidade. E a coitada está ali, batendo em nossas portas e dizendo: Ei, estou aqui. De graça e no presente.