Raquel Delvaje

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Papo de Escrevinhador


Escrevinhador – Cara, veja o que eu escrevi!
Amigo 1  – (Lê rápido) Ah!
Escrevinhador – O que você achou?
Amigo 1 – A cara, sei lá...
Escrevinhador – Diga...
Amigo 1 – Sei lá!
Escrevinhador – É bom ou é ruim?
Amigo 1 – Sei lá! É uma droga, pronto, falei!
Escrevinhador – Como assim?! Uma droga?!
Amigo 1 – Uma droga!!!
Escrevinhador – Então é bom?
Amigo 1 – Eu disse que é uma droga! É muito ruim cara!
Escrevinhador – É, mas o conceito de hoje é assim, o que é ruim pode agradar...
Amigo 1 – É, mas não agradou!
Escrevinhador – Leia de novo, talvez você mude de ideia, eu sei que é bom.
Amigo 1 – Isso é uma droga e eu não quero ler de novo.
Escrevinhador – Isso é inveja, você ainda vai confessar que gostou.
Amigo 1 – Af! Dê para o Zé ler, ele vem vindo aí.
Escrevinhador – Zé, leia isso e veja se você gosta.
Amigo 2 – (Lê rápido) Muito bom!
Escrevinhador – Você gostou?
Amigo 2 – Sim é ótimo. Mudando de assunto, você tem “dez real” para me emprestar.
Amigo 1 – (rindo) Você falou que é bom só para pedir “dez real” emprestado.
Amigo 2 – Não, eu disse que é bom porque é bom!
Amigo 1 – Sei... Você nem leu direito.
Amigo 2 – Aí ó, vou “sair fora”.
Amigo 1 – Tá vendo, ele disse que era bom por puro interesse...
Escrevinhador – Poxa! Você me magoou cara. Fiquei “tristão” mesmo! Você acabou de matar o escritor que havia em mim. Nossa, “mano”, magoei.
Amigo 1 – Poxa cara, desculpa, foi mal!
Escrevinhador – Não tem problema cara, minha mãe deve ter dito que sou escritor e acreditei... Sou muito ruim mesmo. Nossa, “mano”, “tô mauzão”
Amigo 1 – Desculpa aí, você nem é tão ruim assim...
Escrevinhador – Eu sei que sou, quero morrer “mano”...
Amigo 1 – Não cara! Não precisa morrer não! Você escreve bem “pacas”. “De boa”, eu gostei do que você escreveu!
Escrevinhador – Repita então o que você acabou de dizer...
Amigo 1 – Sim cara, você escreve bem “pacas” e...
Escrevinhador – Tá vendo seu invejoso, estava falando que eu era ruim por pura inveja!

(Uma homenagem lúdica ao meu irmão Rogério Araujo , meu “escutador” desde tempos áureos)





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