Raquel Delvaje

sábado, 7 de julho de 2012

MISTÉRIO XVIII - O MISTERIOSO CASO DAS COBRAS QUE APARECEM DO NADA.


                             




            
                                 Na capital do Acre, há alguns anos atrás, havia uma mulher muito ciumenta e invejosa. Não podia ver alguém com alguma coisa nova que ficava por conta de morrer. Se alguma moça arrumasse um namorado ela caia de cama de tanta inveja. Tinha um ódio tremendo de todas as pessoas que ela achasse que estava bem. Desejava o mal de todos. Mas não na frente das pessoas, isso ela fazia somente à surdina, quando estava junto com alguém sempre era amável e dissimulada. Mas como não se consegue esconder tudo de todos e o tempo todo, lógico que muitos sabiam da personalidade invejosa de Arminda.
                                  Ela não tinha marido, tinha ficado noiva e ele a abandonou quando começou a perceber a peste que era a mulher. Conheceu outra e após dois anos de noivado marcou o casamento. Arminda ficou a ponto de enfartar.  Nunca que ela ia permitir esse casório. Fez de tudo, inventou coisas para denegrir a imagem de Serena, criou situações para simular desonestidade da moça. Mas a verdade vinha à tona e a invejosa ia ficando cada vez mais mal vista. Se aproximando o dia do casamento, a noiva abandonada resolveu apelar para uma bruxa que morava próximo à sua casa.  Pediu a morte da futura esposa de Cleôncio. A bruxa pensou, pensou. Chupou seu cachimbo fedido. Deu umas baforadas na cara da mulher despeitada e resolveu a questão.  Através de um feitiço enviaria serpentes venenosas até a moça e a mataria com a picada. Mas advertiu que se algo desse errado, a serpente ia levar alguém. No desespero de alcançar seu plano ela concordou imediatamente. No dia do casamento, durante a arrumação do salão de festas, apareceu uma serpente venenosa e quase picou a noiva. Mas um moço que estava próximo a matou. Passado uns quinze minutos apareceu outra cobra, tão venenosa quanto a primeira e já estava para dar o bote quando foi surpreendida com uma pedrada certeira de um vizinho que estava auxiliando nas colocações das mesas. Todos ficaram apreensivos com a presença das cobras em um lugar tão urbano, pessoas que conheciam o salão disseram que nunca presenciaram nada semelhante, depois disso tudo correu normalmente. O casamento se conclui e Arminda ficou doente de tanto ódio e inveja. Passado uns três dias, já melhor de sua convalescência, levantou-se e foi até a geladeira pegar um suco. Ao passar pela sala se surpreendeu ao ver uma cobra dentro do forro do teto da casa, ela olhava por uma pequena fresta de madeira apodrecida. Após o susto,  chamou uns vizinhos que vieram e conseguiram matar a cobra. Toda feliz Arminda foi dormir, vendo que ludibriou o mal.  Aconchegou-se em seu cobertor quentinho, quando já em seu sono profundo  assustou-se com algo caindo sobre sua cabeça, só conseguiu ver a ninhada da cobra que despencou sobre ela, todas tinham olhos vermelhos e um delicioso veneno de vingança.









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